domingo, 4 de outubro de 2009

ARTIGOS DE OPINIÃO

por: Dr. Carlos Bilro / Grupo Optivisão

Até à pouco tempo atrás acreditava-se que os recém-nascidos não podiam ver nada. Atualmente, com o advento de novos métodos de investigação, sabemos que eles podem ver perfeitamente, mas com pequenas limitações que iremos explicar a seguir.
A partir do segundo ou do terceiro mês, o bebé vai percebendo os objetos com mais nitidez, até conseguir diferenciar bem os pequenos detalhes que o objeto propõe aos quatro meses. De modo semelhante, desenvolve-se a capacidade de olhar e de diferenciar rostos. Estudos realizados na fisiologia comportamental demonstram que quando o bebé olha o rosto da mãe ou o de outra pessoa que se aproxima dele, seu olhar desce do início do cabelo até os olhos, onde permanece por algum tempo, depois se fixa no queixo e volta a subir até os olhos. Uma criança de dois meses já sabe distinguir rostos de verdade de outros desenhados. Poucas semanas mais tarde, aproximadamente aos quatro meses de idade, reconhece os pais, sorri para eles francamente e lhes dá preferência entre outras pessoas.
Pode acontecer os recém-nascidos ficarem um pouco estrábicos ocasionalmente, pois ainda não controlam bem os músculos extrínsecos do olho. Esta debilidade muscular se deve ao fato de que o bebé, no útero, não tinha um ponto fixo para treinar o ajuste da visão com a cooperação dos músculos oculares. Estes músculos vão demorar ainda entre quatro e seis semanas para ganhar força, de forma que possa ver de maneira coordenada com ambos os olhos. De qualquer maneira, comprovou-se que, desde o dia do nascimento, os bebés demonstram maior interesse em contemplar visualmente uma superfície estampada que uma lisa e, depois de poucos dias, já seguem com os olhos o movimento de uma luz. Quando se mostra um retrato de um rosto humano e um quadro sem figuras e em branco, o bebé é capaz de girar sua cabeça para seguir o retrato do rosto.
( Continua)