sexta-feira, 5 de março de 2010

NOTÍCIAS

Porta Adega de Santa Catarina quer reforçar vendas para os Estados Unidos

A empresa produtora de vinho Porta de Santa Catarina, de Estremoz, que exporta metade da sua produção, pretende reforçar as vendas para o mercado dos Estados Unidos, revelou hoje fonte da empresa.
Em declarações à Agência Lusa, o sócio-gerente da empresa, José Poeiras, adiantou que a Porta de Santa Catarina já conquistou clientes em vários países, sobretudo nos Estados Unidos, Luxemburgo, Alemanha e Bélgica.
“A nossa produção de vinhos de qualidade é reduzida, por isso, é complicado avançar para outros mercados”, referiu José Poeiras, que é também o enólogo da empresa, acrescentando que, “apesar disso, há intenção de reforçar as vendas para o mercado dos Estados Unidos”.
O empresário referiu ainda que, no futuro, a empresa pretende também apostar no mercado de Angola.
A empresa Porta de Santa Catarina produz, anualmente, 50 mil garrafas de vinho tinto e seis mil de branco, vendendo, segundo o sócio-gerente, “a totalidade da sua produção, e criando, por vezes, ruptura de stocks”.
O responsável indicou ainda que a produção de vinho branco vai aumentar este ano para 15 mil garrafas.
Para o mercado nacional é destinada metade da produção da empresa, com a distribuição do vinho a ser efectuada por regiões, através de distribuidores, surgindo em restaurantes, lojas gourmet e garrafeiras.
José Poeiras salientou que a produção da colheita de 2008 do Porta de Santa Catarina “está esgotada” e em Março vai ser lançado no mercado o vinho da colheita de 2009.
A empresa, que tem duas adegas, produz os vinhos Porta de Santa Catarina, colheita seleccionada e reserva, na adega de Estremoz, e o Bacante, que foi lançado no mercado em Dezembro de 2009, na adega situada no concelho de Vila Viçosa.
Em maio deste ano, a empresa vai lançar no mercado o vinho Quinta das Mercês, também produzido na adega do concelho de Vila Viçosa.
O vinho regional alentejano Porta de Santa Catarina tem recebido vários prémios a nível nacional e internacional.
A empresa Porta de Santa Catarina-Vinhos foi fundada há um ano, resultando da divisão da Sociedade Agrícola Poeiras e Xarepe, que já produzia o vinho Porta de Santa Catarina desde 2000.
A produção da empresa resulta exclusivamente da vinificação de uvas próprias nos oito hectares de castas tintas (Syrah, Touriga Nacional, Aragonês, Alicante Bouchet, Cabernet Sauvignon e Trincadeira) e um hectare de castas brancas (Arinto e Antão Vaz).

Projecto de espectáculos de ópera na pedreira avança este ano

No passado dia 22 de Fevereiro foi dado o primeiro passo para a realização de um projecto inovador em Portugal e na Europa. Foi apresentado no Departamento da Universidade de Évora, uma maquete que revela a transformação de uma pedreira do concelho de Vila Viçosa, numa sala de espectáculos ao ar livre.
O município prepara-se para desenvolver um projecto marcante para a cultura nacional e internacional, apostando na transformação e adaptação de uma pedreira, a escassos quilómetros do centro histórico da vila, numa sala de espectáculos.
Luís Caldeirinha Roma, presidente da Câmara Municipal de Vila Viçosa; Laureano Carreira, mentor da iniciativa; Pedro Gameiro, um dos arquitectos responsáveis pela coordenação do estudo e Hugo Primo, engenheiro da empresa Solubema – Sociedade Luso-Belga de Mármores –, proprietária da pedreira estiveram presentes na apresentação da maquete, onde manifestaram um grande entusiasmo com o projecto.
Segundo o presidente da autarquia, “este vai ser um espectáculo único, algo completamente diferente do que estamos habituados a assistir no nosso país. Um projecto marcado por uma transversalidade singular que abarca áreas como a cultura, indústria, gastronomia e comércio, numa terra com um valiosíssimo potencial turístico”.
Esta ideia surgiu de um sonho de Laureano Carreira, professor ligado durante vários anos à Universidade de Évora, encenador e libretista.
Este é um projecto que visa “aproveitar uma infra-estrutura com uma beleza inerente extraordinária e criar cultura a partir daí, desenvolvendo no Alentejo um festival que tem, inegavelmente, uma dimensão europeia”, garantiu Laureano Carreira. A iniciativa recebeu, desde o início, o apoio incondicional da Câmara Municipal de Vila Viçosa, da Solubema – Sociedade Luso-Belga de Mármores –, proprietária da pedreira e do Departamento de Arquitectura da Universidade de Évora, dirigido pelo arquitecto João Carrilho da Graça.
Situada na estrada que liga Vila Viçosa a Bencatel, a pedreira, já inactiva, vai ser adaptada para acolher, nos meses de Verão, um espectáculo lírico singular, num espaço único que alia beleza natural, condições acústicas excepcionais e um repertório de ópera.
Coordenado pelos arquitectos Pedro Gameiro e Marta Sequeira, o estudo prévio define três áreas fundamentais, designadamente, uma zona de recepção e descida que comporta as bilheteiras, um espaço comercial, para exposição de produtos locais de excelência, e um ponto estratégico que direcciona o olhar do visitante para a Serra de Ossa.
Por esta altura, iniciar-se-á o primeiro momento de descida – aproximadamente 25 metros, o equivalente a um prédio de sete andares – que direcciona as pessoas até uma zona intermédia.
Nesta segunda área, localizar-se-á um bar/esplanada que permitirá ao público degustar algumas iguarias da gastronomia regional.
Por fim, surge mais uma zona de descida – mais 25 metros –, que permitirá o acesso à cota mais baixa, onde está o palco, a plateia e todos os serviços de apoio ao espectáculo.
“Este é um projecto incrivelmente importante que nos retira da construção enquanto um sistema de soma, levando-nos a encarar o território como algo já construído. A partir daí, definimos por delapidação os espaços que nos interessam”, comentou Pedro Gameiro.
A uma escala verdadeiramente impressionante, num território complexo, prevê-se que o festival de ópera arranque em Julho de 2011, dando corpo a um projecto que figurará como um dos poucos no mundo e, sem dúvida, como o único em Portugal.

Município de Vila Viçosa ajuda desempregados

A Câmara Municipal de Vila Viçosa deliberou financiar o prémio do seguro de acidentes pessoais, para a população mais vulnerável do concelho, designadamente os seniores titulares do Cartão Social do Idoso e os desempregados.
Esta medida representa o assumir de uma responsabilidade social que salvaguarda a protecção dos munícipes durante os períodos em que estão mais desprotegidos.
Sempre que ocorra um acidente e não exista qualquer cobertura obrigatória que responda perante o sinistro, os munícipes abrangidos podem accionar este seguro que garante, em caso de morte ou invalidez permanente, um capital de 2.500 euros por pessoa.
Os idosos detentores do Cartão Social do Idoso, cerca de 849, contam assim com mais um benefício, desenhado a pensar na protecção dos cidadãos socialmente mais fragilizados.
Empenhada em promover a proximidade, proporcionar conforto e melhor qualidade de vida aos munícipes, a autarquia calipolense adopta, desta forma, uma nova medida de índole social que se constitui como um importante mecanismo de protecção.

Bombeiros de Elvas feridos numa explosão

Quatro Bombeiros Voluntários de Elvas, ficaram feridos no passado dia 27, no decorrer de um incêndio num acampamento de quatro famílias de etnia cigana na Zona Industrial das Fontainhas, em Elvas.
Dada a gravidade das queimaduras resultantes de uma violenta explosão numa das barracas, um dos elementos dos bombeiros foi evacuado para o Hospital de São José, em Lisboa. Os restantes três soldados da paz tiveram de ser socorridos no local, por inalação de fumos.
Ao que tudo indica, a explosão ficou a dever-se a um produto inflamável, excluindo a hipótese de a origem ter estado no rebentamento de botijas de gás. Num outro incêndio ocorrido segunda-feira, dia 22, no mesmo local os bombeiros foram recebidos pelos moradores com pedras e agressões enquanto prestavam auxílio às famílias.
No local, estiveram presentes elementos do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS), da Protecção Civil, da PSP de Elvas e do INEM. O caso foi entregue à Polícia Judiciária, que se deslocou ao acampamento localizado nas imediações da estação de comboios. Recorde-se que a comunidade cigana recebeu, recentemente, ordem de despejo do Tribunal de Elvas.