quinta-feira, 17 de setembro de 2009

NOTÍCIAS - Primeira unidade de radioterapia do Alentejo é “mais valia” para o Serviço Nacional de Saúde

No passado dia 7 de Setembro, a ministra da Saúde, Ana Jorge, considerou ser “uma mais alia muito grande” para o Alentejo e para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) a abertura de uma unidade de radioterapia em Évora, a primeira da região.
A ministra falou aos jornalistas nas instalações do Hospital de Évora, à margem da inauguração da primeira unidade de radioterapia do Alentejo, a única região da Península Ibérica que não possuía um equipamento do género.
“É, de facto, uma mais valia muito grande”, afirmou Ana Jorge, congratulando-se ainda por a primeira pedra ter sido lançada em Março e a unidade ser inaugurada agora.
A ministra considerou que a nova unidade vem suprimir uma carência em Portugal, “que é a resposta em radioterapia para o tratamento do cancro”.
Reconhecendo “algumas dificuldades” na resposta aos tratamentos da radioterapia, Ana Jorge considerou que a nova “unidade, de qualidade, permite responder a toda a zona do Alentejo”.
O presidente do conselho de administração do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), António Serrano, garantiu tratar-se da unidade de radioterapia mais bem equipada em Portugal e uma das mais bem equipadas da Península Ibérica”.
A unidade, instalada no edifício hospitalar do Patrocínio, está equipada com “a tecnologia mais
recente”, que permite “melhorar muito a qualidade de delimitação da área de irradiação” do doente oncológico, resumiu António Serrano.
O responsável realçou que o Alentejo passa a deter um centro “de excelência, em equipamentos, tecnologia e recursos qualificados”.
Fruto de um investimento privado de cerca de 10 milhões de euros, a unidade foi construída e será explorada pelo consórcio Lenicare, vencedor do concurso internacional.
“É a obra mais importante na área da Saúde feita, nas últimas décadas, no Alentejo, porque permite finalmente concretizar o sonho de evitar que os nossos doentes se desloquem para fora da região, para tratamentos que duram normalmente 25 sessões contínuas”, disse.
Segundo o presidente do conselho de administração do hospital, essa situação implicava “um vaivém de viagens e uma penosidade enorme, tanto para os doentes, que já estavam num estado crítico, como para as suas famílias”.
“Agora, as distâncias diminuem e as condições de comodidade são grandes”, afiançou, garantindo que, caso os doentes prefiram instalar-se em Évora durante o tratamento, o hospital vai suportar os encargos com a sua alimentação e alojamento em unidades hoteleiras locais.